quarta-feira, 29 de julho de 2009

FOI FESTA!









Foi muito bonita a festa da centésima apresentação do Projeto Pôr-do-Sol do Potengí, no Iate Clube do Natal. Casa cheia de muita animação e encantamento com o belo espetáculo de beleza e musicalidade. Vamos no rumo da apresentação número 200.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

100ª APRESENTAÇÃO

É nesta terça-feira, 28/07, a centésima apresentação do espetáculo Pôr-do-Sol do Potengí, no Iate Clube do Natal. Várias atrações e convidados especiais para comemorar esse grande evento. Uma das atrações será o saxofonista Jurandir, que toca o Bolero de Ravel na praia do Jacaré em Cabedelo/PB. Para que ninguém chegue atrasado, o Sol vai se pôr às 17h22min50seg.

MUNDIAL KITESURF

O leitor/velejador Reginaldo enviou comentário ao blog informando a data do mundial de kitesurf, que terá a praia de Barra de Cunhaú, no município potiguar de Canguaretama, como palco da decisão do título. Será no período de 12 a 16 de Agosto. Os 30 melhores do mundo estaram presentes ao evento, que desperta o interesse da mídia esportiva internacional. Paralelo ao mundial, vai ter a etapa do Open Brasil de Kitesurf. Obrigado Reginaldo pela informação e vamos torcer que o Rio Grande do Norte seja palco de outros eventos desse porte, inclusive da vela.

PESCA OCEÂNICA


Outubro vem ai e com ele um campeonato de pesca oceânica do Iate Clube do Natal. Os pescadores já começam a se organizar e discutir as regras. O comandante Cristiano Gentile, pescador inveterado, é o grande incentivador do evento que tem tudo para ser dos melhores.

AMERICA'S CUP - AS FERAS


Vem ai a próxima edição da America's Cup e a briga já começou, inclusive nos tribunais. Tudo por causa desse super veleiro, construído pelo sindicato Alinghi da Suíça. A fera tem 90 pés de pura adrenalina. O concorrente BMW Oracle, parece que se intimidou com o rosnado da fera e ameaça fazer barulho para tentar espantar o bicho. Vai ser briga boa a prova de muita tecnologia e velocidade.

domingo, 26 de julho de 2009

PARABÉNS DONA ALEXANDRINA













Festa no Iate Clube do Natal é o que não falta. Para a gente que mora a bordo e por enquanto amarrado ao pier do clube, servimos de cicerone e companhia para todos que chegam a fim de um bom bate-papo. Churrasco, pizza, queijos e vinhos, lasanha, arroz de polvo, peixada, lagostada, café, tudo isso tem feito parte de nosso dia a dia. É um verdadeiro "sacrifício" enfrentar esse mar bravio gastronômico, mas reunimos forças e enfrentamos tudo de cabeça erguida. Hoje a festa não foi no clube e sim na casa do casal de amigos do barco pescador Pajumari, Silzoumar e Alexandrina. O casal pescador reuniu um grupo de amigos para comemorar o aniversário de Alexandrina. Foi um grande almoço-churrasco, para variar um pouco. Silzoumar e Alexandrina é um casal do coração de todos os amigos. Foi muito gostoso o nosso dia e acho que posso falar em nome de todos que estavam presente nesse dia especial. Parabéns D. Alexandrina, um beijo da tripulação do Avoante.

PROJETO DE BELEZA E POESIA


Somos entusiastas das coisas da arte, música e folclore popular. Lucia trabalha com vários tipos de produtos artesanais, então não é por menos esse nosso interesse.
A música para mim esta no sangue, apesar de não tocar nenhum instrumento. Meu pai era músico e um dos melhores trombonista que já vi. Lá em casa a musica sempre foi em primeiro plano e sempre de qualidade.
Em toda ancoragem que chegamos, saímos para garimpar tudo da arte local, comida e costumes do povo. Principalmente nas pequenas localidades ribeirinhas, onde a vida caminha mais lenta. São coisas passadas de gerações em gerações. Coisa de pele, de sangue, de sobrevivência e de amor pela arte.
Nas grandes cidades a coisa toma rumos mais comerciais, mas não menos belos e criativos. Essa busca pelas coisas da arte, têm nos dado muito prazer e muito conhecimento.
Os movimentos artísticos e culturais são a essência de um povo e cada povo tem em suas raízes esse lado criativo. Sempre que chegamos a uma pequena localidade e vemos a população extraviada de suas raízes culturais e artísticas, sentimos que aquele pequeno mundo acabou e um novo mundo emerge do caos daquela pequena sociedade. Desse caos vai surgir uma sociedade medíocre, consumista, esfomeada de prazeres e sem controle. O pior é que é uma sociedade que ainda nem completou seu ciclo natural. Foi atalhada pela praga da disfarçastes da cultura, da arte moderna e sem rosto.
Nessa busca pelas belezas da cultura e da arte, retornamos a Natal e encontramos o Iate Clube todo produzido para receber um dos maiores e melhores espetáculos de cultura que já vimos. A veia poética de nossa Praeira emergia das águas do Rio Potengí e banhava com raios de sol as varandas abertas sobre o rio.
No começo era a incerteza e a surpresa de tão belo espetáculo sendo encenado sob acordes flutuantes e melodiosos. Eu nunca tive nenhuma razão para desacreditar, nem tive duvidas no sucesso desse sonho de levar a Natal um belo presente de música e beleza, produzido no melhor cartão postal da cidade.
Praiera de pecados e amores, praeira de saudades, praeira de magia, praiera de ventos alísios a alisar cabelos de uma morena que aguarda na praia as esperanças de um valente e rude pescador.
Praeira de um rio que com muita maestria festeja sua beleza, quando o sol caminha solene ao berço.
Praeira que em noites escuras orienta seus amores nas lonjuras do mar. Praiera que em noites enluaradas acalenta amores eternos feitos nódoas de cajus.
Nossas navegadas por ai afora, sempre foi buscando o bom da vida, a beleza dos povos, a paz que emerge dos corações e a naturalidade de como essas coisas são vividas.
Encontrar essa explosão de poesia, música e arte nas varandas do Iate Clube do Natal, saber que em nossa cidade existem pessoas com sensibilidade para criar, desenvolver e manter um projeto como esse, foi à certeza que estamos no rumo correto.
Quando os versos do grande músico e letrista Galvão Filho, invocam a Nossa Senhora Mãe da Apresentação, o sol já não se faz presente, mas seus raios ainda pulsam sobre os montes de uma Redinha adormecida, perfumada de dendê, tapioca e peixe frito. Nessa hora, todo artista dessa bela Noiva do Sol recebe toda a benção para continuar apresentando sua arte.
Tudo começou quando 2008 navegava lentamente para o final e a partir daí entrar para a história. Nesse instante, o Projeto Pôr-do-Sol no Potengí, dava os primeiros passos de uma história de alegria e cultura em Natal.
Agora são 100 apresentações a serem comemoradas na próxima terça-feira, 28 de julho. Mais um dia que será um marco na história da cultura dessa cidade morena de encantos, como a Praeira cantada em prosa e verso.
Estamos prestes a prosseguir nossa navegada, mas levaremos saudades desse projeto que encanta nossas tardes em Natal.
Mais uma vez parabéns a Super Star Produções, Iate Clube do Natal, Cidade do Natal, Músicos e todos que produzem esse belo espetáculo.

Nelson Mattos Filho
Velejador
* Artigo publicado no Jornal Tribuna do Norte, coluna Diário do Avoante, hoje dia 26/07/2009

sábado, 25 de julho de 2009

VIDA A BORDO 10

Depois de passar o carnaval em Salvador e velejar por Itaparica e suas belezas, estamos de volta a Baia de Camamú/BA, mais precisamente a Ilha de Campinho.
“Campinho e um lugar mágico”. Assim definiu um amigo de nacionalidade Alemã, que mora na região há 30 anos. Veio conhecer e nunca mais saiu.
A velejada de Salvador a Baia de Camamú, foi espetacular. Saímos sob uma lua cheia muito bonita, com ventos fracos e mar espelhado. O barco fazendo entre 2,5 e 3,5 nos de velocidade, em torno de 6 km por hora. Com aquela lua e aquele mar não precisava fazer mais.
Como era lua cheia e véspera de feriado da Semana Santa, não tinha nenhum pesqueiro no mar, contribuindo ainda mais para a tranqüilidade da velejada.
A única nota destoante foram duas plataformas da Petrobras, em frente a Morro de São Paulo, mostrando que aquele paraíso está com os dias contados.
Ancoramos na Ilha de Campinho após 15 horas de velejada. Depois de uma pequena faxina a bordo, fomos abraçar Dona Aurora e Dona Onilia, duas senhoras que sempre recebe os velejadores com muito carinho. Comemos uma moqueca feita no fogão à lenha e panela de barro que estava uma delícia. Segundo a Aurora tinha pouca pimenta, mas eu estava a ponto de botar fogo pela boca.
No sábado de Aleluia, como a casa da Aurora é ponto de encontro do Campinho, participamos da confecção do Judas, com direito até ao seu testamento, com todos que participaram da festa recebendo seu quinhão no testamento. Após meia-noite botaram fogo no Judas e a festa rolou solta.
O paraíso do Campinho é muito difícil de descrever, porque a tranqüilidade, o silêncio e suas águas macias, deixam o lugar com muitos encantos, muitos deles inimagináveis pelo homem.
Às vezes me pego vagando em pensamentos de como pode haver um lugar assim, com tanta beleza e magia.
O homem com sua sede por dinheiro vêm tentando de varias maneiras, investidas financeiras no Campinho, mais a natureza e a simplicidade do lugar, tem feito muitos perderem fortunas. O grande segredo da Baia de Camamú, o homem investidor não alcança. Ele não sabe parar, por alguns minutos, e ser render aos encantos da natureza.
Hoje olhando para esse lugar do cockpit do Avoante, que balança suave em suas águas, agradeço a Deus por ter me dado à oportunidade de viver esta vida a bordo de um veleiro. Sem os barulhos dos motores que tanto mal fazem as cidades.
Conhecer esses lugares ao sabor dos ventos e das correntes, interagindo de tal forma com a natureza que sentimos o mais suave movimento dos peixes e dos pássaros, faz bem a alma.
Muitos já me perguntaram qual o prazer de velejar, se o tempo que se gasta de um lugar para outro e tão grande. Esse e um dos prazeres mais fascinantes da vela de cruzeiro. A natureza é a senhora do nosso tempo, ela quem dita às regras. Ela determina nossa vida, não só para velejar, ela e a senhora de tudo, nos e que colocamos padrões em nossa vida que nem sempre podemos cumprir, então criamos várias regras, relógios e computadores para competir com a natureza. A natureza não compete, ela determina. O velejador não compete com a natureza, se alia a ela para alcançar seus objetivos.
Aqui no Campinho, o dia custa a passar, justamente por estamos aliados à natureza, e isso nos deixa felizes e abertos para aceitar tudo o que ela nos doa. Aproveitamos à chuva, os ventos, os temporais, o sol, a lua com suas fases e o mar com seus humores. Tudo ao nosso alcance sem muito em troca, apenas o respeito.
O feriado da Semana Santa, não alterou muito a rotina na Ilha de Campinho, poucos procuraram suas belezas e tranqüilidade. Barcos ancorados apenas quatro, o Avoante, um barco francês e dois brasileiros. Mais isso e o que fascina o visitante que procura por esse paraíso.
Difícil é deixar o Campinho, mas ainda temos muito a navegar até a Cachoeira de Tremembé, 20 milhas rio acima.

Nelson Mattos Filho
Velejador
* Artigo publicado em abril de 2006 no jornal Tribuna do Norte, coluna Diário do Avoante. O Diário do Avoante é publicado todos os domingos.

PASSOU RASPANDO

A saída de uma plataforma de petróleo, que estava em manutenção no Porto de Natal, foi motivo de grande plateia e apostas nas varandas do Iate Clube do Natal. Todos queriam saber como seria a passagem sob a Ponte Newton Navarro, devido a altura do monstro que era rebocado por três rebocadores. A operação foi realizada aproveitando a baixa mar de força da lua nova. Quem olhava do Iate Clube, teve a impressão que as colunas da plataforma tiraram tinta da ponte. A ponte é muito bonita e um grande cartão postal de Natal, mas que ela foi um freio ao desenvolvimento e ampliação do nosso porto, disso eu não tenho duvidas.

SEM MEDO DE BOMBA ATÔMICA

A policia italiana prendeu dois iates de luxo que seriam enviados ao ditador norte-coreano Kim Jong II. Os barcos avaliados em 13 milhões de euros, foram apreendidos devido um embargo internacional que proíbem que bens de luxo sejam exportados para a Coréia do Norte. Os barcos deveram ser levados a leilão.

ÓLEO NO POTENGÍ

O Rio Potengí, além das tradicionais agressões sofridas ao longo de muitos anos, agora esta sendo, quase diariamente, servindo de escoamento de óleo diesel. Até agora nenhum órgão tomou providências para acabar com essa mais nova forma de agressão. Hoje, sábado 25/07, o derramamento começou a partir das 6 horas da manhã. O cheiro de óleo era sufocante, mas mesmo assim ninguém apareceu para fiscalizar. Somente após às 10 horas, depois de ser comunicado pelo Iate Clube, um barco da Capitania dos Portos passou fazendo averiguações. Não tenho noticias do que foi averiguado, mas espero que sejam tomadas medidas para coibir o abuso. Vale salientar que várias ligações foram feitas para o IDEMA, mas o telefone de plantão não era atendido.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

MUNDIAL DE KITESURFE 2009

Essa noticia vem do site popa.com e ainda não vi em nenhum noticiário local. O mundial de kitesurfe 2009 vai ter três etapas no Brasil e uma delas será na Barra do Cunhaú, uma das mais belas praias do Rio Grande do Norte. Barra de Cunhaú, além de sediar uma das etapas, vai ser palco da decisão do titulo.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

PÔR-DO-SOL NO POTENGÍ


Será dia 28/07, terça-feira, a centésima apresentação do projeto Pôr-do-Sol do Potengí. O espetáculo vai ter uma programação especial para comemorar as 100 apresentações, deste que é hoje o melhor programa cultural de Natal. O Iate Clube do Natal e a Super Star Prodruções, convidam todos a participar desse dia festivo cultural.

REGATA NORONHA - NATAL


Saiu o 1º aviso da regata Noronha - Natal. A largada será dia 26 de Setembro às 9 horas da manhã, horário da Ilha. As inscrições podem ser feitas através do site do clube: http://www.iateclubedonatal.com.br/ ou pelos fones 84-3202-4402/3202-7676, ao custo de R$ 60,00 por tripulante.

REFENO 2009


Setenta e Três barcos já estão escritos para a REFENO 2009. Do Rio Grande do Norte, cinco barcos já confirmaram presença: AVOANTE, MALAIKA, MUAKÃ, JAZZ E BORANDÁ. A largada será dia 19 de Setembro no Marco Zero, Recife/PE.

ENCONTRO DA QUARTA-FEIRA

Foi muito produtivo o encontro de velejadores nessa última quarta-feira, além do delicioso cachorro-quente oferecido pela ala feminina e o bate-papo descontraído que sempre vai até o último sopro de vento. Do encontro saiu a regata Ele e Ela, que larga sábado, dia 26/07. O objetivo é um gostoso passeio de barco junto com esposas, namoradas, noivas ou amigas. A turma quer colocar na linha de chegada um juiz de paz, caso seja necessário, para os casais mais exaltados. A largada vai ser às 13 horas em frente ao clube, de onde sairemos em direção a uma bóia virtual em frente a Capitania dos Portos. De lá, velejaremos até a bóia da cachoeirinha, onde a turma pretende ancorar e fazer um picnic aquático. Ainda na reunião aconteceu mais uma eleição para capitão de flotilha. Na flotilha de oceano, fui reeleito para mais um mandato de 6 meses. Na classe Daysailer, Hélio Milito também foi reeleito. Augusto, foi reeleito para a classe Hob Cat. Flávio Freitas, foi escolhido para a classe Dingue. Eilson, foi reeleito para a classe sub 20 e na classe Laser, a escolha foi adiada para outra data. Próxima quarta-feira tem mais.

FOTOS REGATA DA CACHOEIRINHA









































segunda-feira, 20 de julho de 2009

DIA DO AMIGO


Um grande abraço para todos os nossos amigos e continuamos com nossos corações e braços abertos para as futuras amizades que, com certeza, entraram em nossas vidas.

REGATA DA CACHOEIRINHA











Mais uma regata e mais festa no Iate Clube do Natal. Dessa vez foi a regata da cachoeirinha, que movimentou a classe de velejadores do Rio Grande do Norte, nesse último domingo, 19/07. Vinte e três barcos na raia, todas as classes representadas e um festival de cores sobre o Potengí, que revive os áureos tempos de regatas. Esse é um grande momento da vela no Rio Grande do Norte e pela disposição da turma, o movimento tende cada vez mais a crescer. Todo esse entusiasmo é fruto dos encontros de vela das Quartas-Feiras no Iate Clube do Natal. Mais uma vez estamos todos de parabéns e um novo evento já esta com o rumo traçado para acontecer. Dessa vez é a regata Ele e Ela, que deve acontecer no próximo sábado. Se depender da disposição da turma, toda semana tem regata.

RESPONDENDO PERGUNTAS

Pergunta é uma constante no meio náutico e quando as pessoas sabem que moramos a bordo, ai a curiosidade é aguçada e temos que tentar satisfazer ao máximo o interesse. Nunca deixo uma pergunta sem resposta e quando não sei responder de imediato, pesquiso é vou matar a curiosidade do meu interlocutor.
Hoje, mais uma vez, tentarei satisfazer o interesse de vários leitores e espero estar satisfazendo o interesse de vários outros.
Como é morar sempre em área de porto ou afastada do centro? Bem, essa pode ser uma das desvantagens de se morar em um veleiro, mas nem tudo na vida é o que a gente pensa. Realmente temos uma boa qualidade de vida quando moramos em um veleiro, e esse detalhe de estar sempre ancorado em locais de porto, pode num primeiro momento criar um clima estranho. Sempre estamos longe dos locais de divertimentos, compras e outras comodidades urbanas. Muitas vezes a locomoção se torna difícil, por falta de ônibus, taxis e caronas de amigos. Caminhar por entre ruas e becos que cercam essas áreas é um exercício de muito boa vontade com certa dose coragem, mas nunca tivemos nenhum problema em relação isso.
Tem velejador que diz que morar a bordo é ter uma vida excelente, morando onde ninguém quer morar. Pode até ser verdade, mas eu trocaria o “onde ninguém quer morar” por “onde muita gente adoraria morar”.
Quando estamos ancorados em iates clubes ou marinas, temos o conforto de uma boa varanda, piscina, restaurante, barzinho e vários amigos. Ainda temos a vantagem de poder mudar a “casa” de local quando não gostar do visual, nem do vizinho. Achar isso ruim é muito difícil!
Faz muito calor a bordo? Nem sempre. Quando estamos amarrados em um píer, dependendo da direção do vento, o calor se faz presente, mas quando ancorados ao largo, o barco sempre fica aproado ao vento. O problema é quando chove que temos que fechar tudo. Por isso temos ventilador a bordo.
Se faltar vento, como fazer? O veleiro anda bem a vela, mas se faltar vento é só ligar a vela de porão. Vela de porão é o nome que velejador chama o motor. Se não quiser ligar o motor é só relaxar e curtir o mar. Uma hora o vento aparece.
Prá que a Carta Náutica se o GPS faz a mesma função? Ainda não chegou a época do GPS substituir a Carta Náutica. Quase todos os modernos aparelhos de GPS vêm com mapas e cartas náuticas, mas o GPS é um equipamento eletrônico e como todo eletrônico, é sujeito a falhas. Mesmo que a rota esteja marcada no GPS, ela deve ser traçada na Carta de Náutica de papel. No mar, quanto mais informação, melhor. Além de que, a Carta Náutica da área navegada é um equipamento obrigatório a bordo.
O que fazer quando se adoece no mar? Ninguém vai para o mar pensando em adoecer. Mas se, por acaso, acontecer, ai temos que cuidar. A bordo, temos que ter uma caixa de primeiros socorros e nela remédios para, quase, tudo. Se o caso for mais sério, arribamos o porto mais próximo. Tripulantes que fazem uso de medicamentos específicos devem informar ao capitão, e nunca embarcar sem eles.
No barco tem televisor? Alguns. Mas, velejando é muito difícil assistir. O sinal é muito ruim e na maioria das vezes nem pega. Se o mar estiver bom e a tripulação acostumada a navegar e não enjoa, um filme é uma boa pedida. No Avoante temos televisor, mas ele fica restrito as ancoragens. Ela ocupa muito espaço, quando velejando.
Todo barco tem radar? Não. Radar é um excelente equipamento de navegação. Mas, nem todo barco esta equipado com ele. Barcos que fazem navegação costeira não são obrigados a ter radar. Porém, seu uso é recomendado pela autoridade marítima.
No mar tem blitz? Tem sim e deveria ser com mais frequência, até para coibir mal uso de embarcações e pirataria. A Marinha do Brasil esta sempre atuante e vigilante, através das Capitanias dos Portos e seus Navios Patrulha.



Nelson Mattos Filho
Velejador

quarta-feira, 15 de julho de 2009

MARINHA RESGATA VELEIRO

Os fortes ventos que castigaram o litoral de São Paulo e Rio de Janeiro, nesse último final de semana, não estavam para brincadeira. Vários veleiros que participaram da semana de vela de Ilha Bela, sofreram sérias avarias e alguns foram jogados na praia. Ontem a Marinha do Brasil resgatou um veleiro de 33 pés, de bandeira italiana, na costa de Cabo Frio. O veleiro foi pego pela tempestade e teve o mastro e o reversor do motor quebrados. A bordo, um casal de italianos e um cão. Um rebocador foi acionado e rebocou o veleiro até a entrada da barra de Arraial do Cabo.

terça-feira, 14 de julho de 2009

A FOTO PROMETIDA


Promessa é divida e como prometi publicar a foto do BATATÃO, aqui esta ela. Na verdade o barco ainda se chama Lorien e pertenceu ao comandante Freitas, meu amigo e grande velejador. Freitas agora navega em outros ares e como todo bom navegador, não quis deixar o barco encalhado na carreta e resolveu vende-lo. Fernando e Marta, que entraram em um veleiro e foram fisgados pelo vírus da vela, estavam contaminados para entrar nesse mundo de ventos, velas, cabos e estais. Eles receberam o apoio do grande Eilson, que além de bom amigo, esta sempre disposto a ajudar em tudo que precise navegar. A parceria têm tudo para ser das melhores e assim o antigo Lorien vai seguir navegando agora com o nome de BATATÃO, e contribuir para alegrar, ainda mais, os finais de semana no Iate Clube do Natal. O difícil vai ser enfrentar a oposição de Isolda, esposa de Eilson, que não quer nem ouvir falar nesse nome. Porém, com BATATÃO ou sem BATATÃO, o barco vai navegar.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

BRASIL 1 DE VOLTA A RAIA

Os empresários Paulo Zottolo e Alan Adler, anunciaram hoje o projeto do Brasil 1 para a próxima regata Volvo Ocean Race em 2011. O projeto foi apresentado oficialmente e contou com a presença do velejador campeão da última edição da prova, Torben Grael. Torben não garantiu sua participação no time, mas demonstrou interesse no novo projeto. O Brasil 1 foi o primeiro projeto lançado para a próxima edição da regata. Esperamos que ele esteja no mesmo nível do atual campeão, Ericsson 4, é que seja comandado novamente por Torben Grael.

FLASH 165

O Flash 165 tem feito muito sucesso em Natal. Eu já naveguei no barco e achei muito bom, mas muito nervoso para os ventos que constantemente sopra em Natal. Agora o fabricante anuncia o lançamento de um novo modelo com quilha retrátil e com um buldo de chumbo, justamente para os locais de muito vento. Alguns barcos foram vendidos para Angola, onde os ventos são fortes. O sistema pode ser adaptado para os barcos com bolina.

VEM AI O BATATÃO

Os encontros de velejadores de Natal, no Iate Clube, tem rendido boas novidades, além de ter dado novo animo a vela no Estado. Quase todas as flotilhas estão atuantes, faltando apenas a flotilha de snipe, que não tarda a se reorganizar. Barcos que antes estavam encalhados sobre as carretas, hoje recebem adesão de novos tripulantes, que se dispõem a ajudar nas reformas, e assim já navegam dando mais brilho as águas do Potengí. A classe de velejadores recebeu, inclusive, novos adeptos depois dos encontros das quartas-feiras. Fernando e Marta, Eilson e Isolda, adquiriram um veleiro e já trabalham a todo vapor nas reformas para que o barco navegue o mais rápido possível. Nome o novo barco já tem, e pela animação da turma o nome já pegou; BATATÃO. Hoje, infelizmente não tenho a foto do barco, mas amanhã prometo publicar.

domingo, 12 de julho de 2009

AS SENHORAS DO CAMPINHO





Mal o dia amanhece e lá estão elas a bordo da canoa de tronco, com seus belos chapéus. Aurora com um belo chapelão de palha e Onília com sua toquinha de crochê amarelo. A idade avançada não é empecilho a labuta. O peixe para a moqueca diária é sagrado, mas se não morrer nenhum, uns siris serão bem vindos à velha panela sobre o velho fogão a lenha.
O sorriso é marca registrada no rosto daquelas felizes moradoras da Ilha do Campinho.
Onília com sua elegância clássica de moça donzela, apesar de um suposto namoro, que ela não confirma nem desmente, com o aviador e escritor Saint-Exupéry, é a senhora do rio. Qualquer barco que se aproxime da ancoragem, é acompanhado atentamente, apesar de certa descrição de quem não quer nada.
Aurora, riso fácil, alegre por natureza, moquequeira apimentada e inveterada, bom papo e observadora super atenta, apesar de ver apenas por um olho e mesmo assim com dificuldade. Da conta até dos lobisomens que de vez em quando teimam em aparecer por aquelas bandas. Ela jura que já viu.
O sol começa a aquecer a bela paisagem que cerca a Baía de Camamú, é elas já fazem o caminho de casa. A canoa fica descansando preguiçosa na beira do rio. Pelas algas que jazem espalhadas na areia, pode-se ter idéia da produção. Nunca deixa de vir algum peixinho na rede. O rio é sempre generoso para com as duas rainhas daquele reino encantado.
Se tiver algum veleiro na ancoragem, têm-se a certeza de companhia para a moqueca super apimentada e nadando no mais puro dendê da Bahia. Velejador que vai a Camamú e não conhece, nem experimentou a moqueca da Aurora ou as deliciosas cervejas geladas de sua pequena, porém decente, vendinha, ou errou a rota ou não é velejador.
A vida na Ilha de Campinho é mansa como os passos lentos daquelas duas senhoras. Fazer parte do grupo de amigos que as cercam é ter a certeza da mais pura é fraternal lealdade.
É incrível como a tranquilidade do alpendre de trás da casa de Aurora, debruçado sob a sombra de uma frondosa mangueira, contagia a gente. Passo horas naquele pedacinho escondido do mundo e não sinto falta de mais nada. O silêncio, quebrado pelo som do arrocha e forró que fazem a trilha sonora daquele lugar, é coisa de um mundo bom e sem mistério. Não sou fã do gênero, mas naquele paraíso, tudo é bom.
“Pé de fumaça, você hoje não foi me visitar!” Chega Onília, com a voz arrastada e caminhando lentamente sobre a folhagem que cobre o caminho. Pé de fumaça é todo aquele que ela elege como mais uma conquista de seu coração. Diante de seus oitenta e tantos anos, a vida já lhe mostrou que o mundo é dela e nada nem ninguém tem o direito de discordar. A amizade e o carinho que ela dedica a mim e a Lucia é a certeza que fazemos parte daquele coração de menina.
Ninguém teve a felicidade de aprender os segredos da moqueca de fruta-pão de Onília a não ser Lucia. Aurora apostava que ela não ensinaria, mas teve que se render aos caprichos dos deuses da amizade e aos mistérios da vida, depois que provou a deliciosa e encantada moqueca de fruta-pão feita por Lucia, sob os olhares e segredos desvendados da Onília. Nada como uma boa causa em prol da amizade.
Não sei dizer como foi o inicio dessa nossa amizade com as duas belas negras senhoras do Campinho, nem como conquistamos o carinho, o respeito, a atenção e a reciprocidade desse relacionamento sincero, mas de uma coisa tenho certeza, tudo foi fruto da mais pura espontaneidade.
Faz tempo que não vemos nossas velhas amigas, conselheiras, confidentes e fonte de nosso amor por Camamú e seus encantos, mas todo dia peço a Deus que proteja e abençoe aquelas fantásticas senhoras, que só nos deu carinho durante os melhores dias de nossa vida a bordo do Avoante.
Viver aqueles dias na Baía de Camamú, cercado pelos carinhos e paparicos daquelas amigas sinceras e excepcionais, foi o melhor momento desse nosso sonho de uma vida de paz, amor, amizade e tranquilidade que a vela tornou realidade.
Que os bons ventos nos leve de volta a magia da Baía de Camamú e a companhia daquelas velhas amigas.

Nelson Mattos Filho
Velejador
* Artigo publicado no jornal Tribuna do Norte, na coluna Diário do Avoante, hoje dia 12/07/2009

CHURRASQUINHO BÁSICO




Ontem a vida foi dura no clube, tanto que não tive tempo de postar nada no blog. A turma resolveu fazer um churrasco básico que durou o dia todo e entrou pela noite. As fotos acima comprovam a dificuldade que tivermos de encarar.

sexta-feira, 10 de julho de 2009


Hoje, 10 de Julho, é comemorado o dia da Pizza. Para quem gosta de uma boa pizza, mas não quer sair de casa, nem quer pedir por telefone, vou passar a receita que fazemos a bordo do Avoante e que fica uma delicia.
1 kg de farinha de trigo sem fermento
1 colher de sopa, rasa, de sal
1 colher de sobremesa, rasa, de açúcar
1 pacote de fermento granulado
1 colher de sopa de azeite
500ml de água

Misturar a farinha, sal, açúcar e fermento e depois acrescentar o azeite. Misturar mais um pouco e ir acrescentado água aos poucos e sovando bem. Quando a massa estiver lisa e homogênea, descansar por 10 minutos, coberta com um pano úmido. Após o descanso, dividir a massa em vários pedaços ( deve dar 9 pizzas médias ), e deixar descansar mais 30 minutos, coberta com pano úmido. Depois é só abrir espalhando com a ponta dos dedos. Rechear a gosto e levar ao forno bem quente. Quando o queijo borbulhar a pizza esta pronta para ser servida. Bom apetite!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

CURSO DE CAPITÃO

Um grupo de velejadores do Iate Clube do Natal formam a partir de hoje uma mesa de estudos para se submeterem a prova de Capitão Amador. A prova será realiza em outubro, mas como os assuntos são complexos, a turma resolveu fazer um mutirão de estudo. O grupo deve se juntar duas vezes por semana no clube. Lucia, minha comandante, encabeça a lista de estudiosos.

NAVEGAÇÃO ASTRONÔMICA
















Foi bastante concorrida a reunião de velejadores na última quarta-feira no Iate Clube do Natal. O comandante Erico deu uma pequena aula sobre navegação astronômica que despertou interesse em todos os presentes. A navegação astronômica com seus sextantes e tabelas pode até parecer coisa dos tempos dos grandes descobrimentos, mas ela ainda hoje é utilizada por grandes navegadores e saudosistas, que não se renderam aos encantos coloridos do GPS. Saber um pouco sobre esse método de navegação foi o que levou uma boa parcela de velejadores a prestigiar a palestra do comandante Erico. Após a palestra o bate-papo foi iluminada por uma belíssima lua cheia, nos alpendres do clube.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

GRUPO VELANATAL



Os velejadores de Natal têm uma ferramenta muito boa para discutir, debater, trocar ideias, fotos e mensagens. O grupo VELANATAL no Yahoo grupos tem revolucionando a vela em Natal. Acesse você também e participe do grupo.